10 formas de poupar dinheiro em viagem
Já sabemos
que viajar está ao alcance de todos e não apenas para aqueles que têm um
salário mais chorudo. É cada vez mais acessível e possível visitar aqueles
lugares que fazem os olhos brilhar só de ver em fotografias. No entanto, apesar
de não ser necessária uma grande quantia, obviamente que é preciso ter algum
tostãozinho. Para quem não o tem, já sabe algumas formas de poder economizar e
ir enchendo o porquinho mealheiro. Mas, tão ou mais importante do que conseguir dinheiro para viajar, é saber rentabilizá-lo!
Se conseguirem
o suficiente para poder usufruir de umas férias ao máximo com tudo a que têm
direito, fantástico! Para aqueles que fazem várias viagens por ano e tentam
esticar o orçamento e apertar o cinto, ficam aqui algumas dicas que te podem
ajudar:
1. Ter um budget
Independentemente
de teres conseguido amealhar mais do que o pretendido, ter um budget é
fundamental. Cria um sentido de responsabilidade e faz com que tenhas de definir
prioridades, o que também pode resultar num melhor aproveitamento do tempo.
Quando
estamos em viagem devemos comportar-nos tal como no nosso dia-a-dia. Podemos
cometer algumas extravagâncias, até porque há experiências pelas quais temos ou
devemos passar, mas isso não é sinónimo de esbanjar.
Portanto: definir um valor
total que se comprometem a gastar.
2. Ir para locais onde tens casa
Pensem nos
vossos familiares, amigos, amigos dos amigos, conhecidos dos primos, quem
quiserem, mas procurem-nos e peçam-lhes guarida! Todos nós temos alguém que emigrou
e isso pode definir o vosso próximo destino ou pelo menos inserir uma cidade ou
um país na lista. Uma viagem em que não tenham de pagar estadia é uma viagem
que vão poupar muuuuito dinheiro. Além disso, podem sempre matar saudades desse
familiar ou amigo e com sorte ainda ganham um guia!
3. Partilhar quarto
Esta pode
não parecer a ideia mais aliciante para a maioria. Partilhar o mesmo espaço com
vários desconhecidos, sem direito a privacidade, dividir casa de banho, deixar
os pertences à mão de quem por ali estiver, ruídos e odores alheios... Ok. Não
parece mesmo nada convidativo, mas na verdade não é assim tão mau! Acreditem,
sou um pouco esquisitinha e paranoica com questões de limpeza e cheiros, no
entanto, é sempre uma ótima experiência dividir quarto com outros viajantes.
Conhecem pessoas de outros sítios, partilham histórias e criam momentos. Por
estarem no mesmo quarto, cada um tem a sua caminha. É certo que em relação aos ruídos
já é uma questão de sorte, e eu que o diga por já ter acordado uma pessoa a meio da noite (é melhor não seguirem este exemplo :)).
Para uma
viagem low cost, ficar num hostel é perfeitamente aceitável. Obviamente os
preços variam de cidade para cidade, de hostel para hotel, e do que a vossa
estadia inclui (optem por aqueles que têm pequeno-almoço). Posso dar como
exemplo que já paguei 10€ por noite, em Berlim, provavelmente no melhor onde já
estive, ou então 29€ em Praga, onde nem sequer tinha internet nos quartos.
No entanto, se forem viajar
em casal verifiquem também os quartos duplos. Na maioria das vezes já acaba por
compensar ou então a diferença de valor é mínima.
4. Fazer snacks
Uma das
vantagens de ficar em hostels é o facto de terem espaços comuns que permitem
confecionar refeições ou, no mínimo, preparar snacks. Poupar uma refeição fora
faz toda a diferença no budget. Para além de poupar dinheiro, conseguem também
poupar tempo. Se forem a um restaurante, estar numa fila e aguardar pelo pedido,
é pelo menos uma hora do vosso dia. Atenção, isto não significa passar fome! Eu
opto sempre por fazer almoços mais leves, à base de sandes e fruta. Vou sempre a
supermercados ou lojas locais e ainda fico com uma perceção do custo de vida.
O melhor
de tudo é que ainda escolho o sítio onde quero fazer o meu piquenique. Pode ser a vista mais bonita sobre a cidade,
à beira do rio ou no meio de um parque. E sabem que mais? Há cada vez mais
turistas a optar por este sistema.
Para além
do almoço, e mesmo que não queiram pôr em prática esta sugestão, é sempre
conveniente trazer alguma comida numa mochila. Se por cada vez que te der a
fome ou a sede fores comprar alguma coisa, podes acrescentar algumas dezenas de
euros.
Quanto ao
jantar sim, prefiro comer fora. Sem pressas, de uma forma mais relaxante. Ao
longo do dia vou estando atenta aos restaurantes e aos que têm melhores
ofertas.
Tão importante
como estes exemplos e que devia ser regra para os viajantes como orçamentos
definidos é: não comer no aeroporto! Se durante os dias de passeio andaste a
poupar em pequenas situações, não desfaças essa poupança numa sandes feia e fria
no aeroporto. Isso não! Utiliza o mesmo método e leva umas bolachinhas e uns
bolinhos para ires comendo enquanto aguardas pela porta de embarque.
5. Restaurantes com menu turístico
Tal como
referia, obviamente que também vou a restaurantes. Ainda na preparação da
viagem e do roteiro, tento sempre verificar quais os locais mais sugestivos onde
se pode ter uma verdadeira experiência gastronómica.
Existem
aqueles restaurantes para “turista ver”, ou seja, sítios que estão mais na moda
ou que inflacionam os preços, porque, supostamente, quem vem viajar pode pagar
mais. São os lugares que os locais não frequentam e isso pode indicar que não é o tipo de experiência que queremos ter. Por outro lado, têm aqueles que oferecem a
mesma carta mas a preços mais apetecíveis. O ideal é encontrar os que têm menus
para turistas com várias iguarias.
O melhor
exemplo que tenho é de Roma. Um restaurante tipicamente italiano, bem próximo
do Panteão, com um menu de 15€ em que incluía uma entrada, um primeiro prato de
massa ou lasanha (de três opções possíveis, todas com massa fresca), um segundo
prato (de mais três opções) e sobremesa (a panacota era divinal).
6. Visitas ao ar livre
Com um
budget mais apertado, ir para cidades onde a maioria das atrações é ao ar livre
pode ser uma boa opção. Em todas elas, andar pelas ruas é uma forma de conhecer.
A arquitetura, as cores dos edifícios, a forma como estão decorados, observar
como as pessoas se movimentam, conhecer os espaços verdes e de lazer, é entrar
na cultura do país. Para isso não precisam de gastar absolutamente nada!
7. Aproveitar promoções
Neste
ponto o mais direta que posso ser é que levem a sério a regra do verdadeiro português
de tentar descontos e promoções em todo o lado! Mesmo que não esteja assinalado,
usem e abusem do cartão de estudante ou do cartão jovem. Perguntem sempre se é
possível utilizar. Para os que já não são estudantes ou não têm este cartão, há
imensos museus e espaços culturais que têm preciosos descontos ou entradas
gratuitas a cidadãos europeus até aos 25 anos. Basta apresentar o cartão de identificação.
Caso não saibam, o Museu do Louvre, em Paris, enquadra-se nesta situação.
Existem
outros completamente gratuitos, para todas as idades e nacionalidades. Em Londres
a maioria dos museus são de entrada livre.
8. Andar a pé ou de transportes públicos
A melhor
forma de visitar uma cidade é sem dúvida andar a pé. Só desta forma ficam
realmente a conhecer todos os recantos, têm noção das distâncias e das ligações
de uns sítios para os outros. A experiência é mil vezes melhor e não gastam
dinheiro por isso! Prepara-te para andar bastante, pelo que é importante um
calçado adequado e confortável.
Sei que
isto não é possível em todos os sítios e andar de transportes públicos também é
importante. Mesmo assim, verifica qual o passe ou o bilhete mais rentável em
relação ao tempo da vossa estadia. Evita ao máximo andar de táxi. É
consideravelmente mais caro e sendo que andam a passear não faz muito sentido
ficar a observar o trânsito local.
9. Lembranças
A maioria
dos turistas adora comprar lembranças. Eu adoro tanto comprar lembranças como
entrar em todas as lojas que as vendem (que no fundo são todas iguais). Isto é
mesmo verdade, mas já me deixei disso. Compro uma peça para as minhas coleções
(miniaturas, postais e ímanes) e uma pequena e básica recordação para a família
de casa. Só. Mais nada. Aprendi a lição numa viagem à Irlanda, onde cometi uma grande loucura e extravagância que me ficou praticamente ao preço do bilhete de avião.
Se fores comprar
recuerdos para toda a gente, é certo
que vais gastar muito dinheiro. Compra algo para ti e que seja especial. Para
todos os outros é só um objeto, que na verdade não vai ter o mesmo significado
do que para nós.
10. Telemóveis e internet
Para os
europeus a viajar para outros países da União Europeia, Islândia, Liechtenstein,
Noruega, Caraíbas Francesas, Ilha de Reunião e Gibraltar, este já não é um
problema. O roaming deixou de existir em 2017 e todas as comunicações e
internet são iguais ao tarifário que tens no teu país. No entanto, se fores
viajar para outros que não os referidos, tens de ter em atenção o valor das
comunicações. Acede à internet apenas em locais com wi-fi e não atendes chamadas
que não sejam necessárias (sim, as chamas recebidas também são cobradas). Por
exemplo, receber uma chamada na Suíça custa 1.05€ por minuto, fazer uma ligação
custa 2.45€, enviar uma mensagem 0.78€ e, quanto à internet, 0.70€ é o valor de
100kb – com o meu tarifário atual.
Uma das opções é comprar um
cartão descartável do país que estás a visitar.
Isto é um
bom conselho para quem vive fora da Europa (olá amigos brasileiros :)). Geralmente os cartões são a um preço
bastante acessível e com internet incluída. Certamente fica abaixo do valor de
uma simples chamada sem tarifa da união europeia.
Segue as minhas aventuras no Instagram :)
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