O dia em que comemorei 26 anos em Amesterdão



Desde que comecei a ganhar o bichinho pelas viagens que sempre quis isto: comemorar um aniversário com um grupo de amigos fora do país. Desde que conheci Amesterdão pela primeira vez, em 2014, sabia que era ali que ia ser.
Nem sempre as coisas acontecem no timming que queremos. Na verdade, a ideia estava plantada para o festejo dos 25 anos. Não sei porquê, mas 25 parece-me uma idade simpática para festejar de forma diferente. Por questões da vida não aconteceu, mas sabia que se ia concretizar noutra altura. Não esperei muito mais e foi quando tinha de ser, com as pessoas que tinham de lá estar. Obrigada aos magníficos 7 que alinharam nesta aventura comigo. Fizeram desta viagem, e especialmente deste dia, uma memória eterna. 
Os meus amigos esperam um pouco de tudo de mim. Sempre que digo “tive uma ideia” ou “já sei o que podíamos fazer”, já sabem que algo mirabolante vai sair desta cabeça iluminada. Algumas são concretizáveis, outras são apenas estúpidas, mas que eu acho que davam uma grande história (o que também faz delas concretizáveis, apenas carecem de apoio para se realizar). Mas bem, a ideia de ir a Amesterdão comemorar o meu aniversário não precisou de um incentivo maior do que aquilo que é: ir a Amesterdão. Acho que às vezes temos mais dificuldade em conciliar um dia para jantar do que propriamente decidir que íamos.
     Confesso que uns dias antes da partida dei por mim a pensar que esta viagem tinha tudo para correr mal. Defendo sempre que devemos viajar com pessoas que conhecemos realmente bem e que têm os mesmos interesses que nós. Até aí tudo batia certo, mas havia aquela dúvida interior que me estava a deixar apreensiva de como tudo ia correr na realidade. Melhor remédio? Não criar expectativas e deixar acontecer. Qual foi a realidade? Uma das melhores viagens de sempre!

      Para começar, íamos sete, mas a Rita perdeu o avião e ficou em terra. Para continuar, passámos a oito já que o Tiago e a Catarina apareceram de surpresa já no hotel. Para acabar, o João e a Carolina, meus amigos que vivem em Haia, juntaram-se a nós no jantar do dia do meu aniversário. Assim éramos dez. Dez. Eu tinha uma mesa cheia de amigos a viver uma grande aventura comigo, algo que sempre desejei e para isso não há muitas palavras que possam demonstrar o que eu senti. O mais relevante aqui não era, de facto, eu comemorar mais um ano de vida, era o cumprir um objetivo dela.
     Comi o bolo antes da meia noite (se é que me faço entender...), então os festejos propriamente ditos foram mais softs e pacíficos do que efusivos. Este momento merece um artigo único, por isso prometo que conto depois sobre “O dia que comi um space cake em Amesterdão”.
Foram três dias realmente memoráveis e não imaginam o que ainda tenho para contar, por isso quero agradecer com distinção de honra ao Élvio, por ser o meu companheiro em todos os momentos, em todas as viagens e em todos os meus projetos; à Débora, à Ana Raquel e à Daniela, por passados sete anos conseguirmos finalmente embarcar juntas num avião e, apesar de não estarmos juntas todos os dias, fazermos isto acontecer; ao João, por nos levar sempre pelo caminho certo e ter aguentado esta gente maluca; ao Tiago e à Catarina, por me terem feito uma das surpresas mais bonita que algum dia já tive; ao João e à Carolina, por terem marcado presença sem hesitar. Aos meus pais, por me terem ensinado a voar.

Os objetivos conquistam-me, os amigos mantêm-se. Sou uma pessoa cheia de sorte pelas pessoas que tenho à minha volta. Obrigada amigos.

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