Como chegar à cascata do Candal (Lousã)


    A Lousã tem tanto para descobrir que duas semanas não seriam suficientes para palmilhar tudo. Entre montanhas, aldeias de xisto, praias fluviais e ainda recantos com baloiços ou molduras, é certo que não faltam opções para que sejam uns dias recheados de surpresas, em grande parte com a natureza sempre por perto. 

    Se és um fã incondicional de cascatas como eu, esta é uma daquelas que não podes mesmo perder. Tinha lido que é uma das mais bonitas do país e, apesar de estar longe de as conhecer a todas, te garanto que ficou no meu top de mais impressionantes! 

    Já estás com um calçado confortável? Então vamos a isto :)


   A Aldeia de Xisto do Candal fica mesmo à beira da estrada, portanto é fácil conseguires um sítio para estacionar o carro por ali. 

    Como vês, é na parte de cima que se concentram a maioria das casinhas desta aldeia. No entanto, é para o lado oposto da estrada que vais seguir. Vais encontrar umas escadas e é aqui que começa o percurso (onde está o jipe). De agora em diante vais seguir as marcas vermelhas e amarelas, referentes aos percursos pedestres. Confesso que não é o caminho mais evidente de sempre, mas com atenção chegas lá. 

   Vais encontrar uma casa de xisto (claro :P ) e uma pequena ponte. Tens de atravessar essa ponte e seguir em frente alguns metros (a fotografia foi tirar depois de atravessar a ponte). A certa altura vais deparar-te com uma placa do lado esquerdo a dizer “cascata”. Podia ser já aí, mas lamento dizer que ainda só vais no início do trilho e esta é a parte que não tem qualquer dificuldade. 

    A partir daqui tens de redobrar a tua atenção! As marcas de percurso estão um pouco espaçadas e a caminhada deixa de ser em sentido reto e passa a ser no sentido descendente. Vais passar arvoredo e até uma casa abandonada. Em alguns momentos, mesmo sem as marcas, é percetível que estás correto porque há vestígios de caminho traçado. Quando chegares aqui, com esta vista fantástica para este vale, vais encontrar mais uma seta a dizer “cascata”. 

    Aqui já é possível começar a ouvir a água, mas a tua caminhada vai agora a meio. Vais descer umas pedras, passar pelo meio do pinhal, descer umas “escadinhas” improvisadas em dois muros e mais pinhal. Na maioria destes pontos vais ganhar um melhor sentido de orientação, uma vez que começas a perceber de que lado está a água a correr. 

    Para finalizar os cerca de 45 minutos de caminhada, ao que deve equivaler a mais ao menos 2km, tens esta descidazinha simpática à qual deves fazer atenção para não escorregar nas folhas.

A fotografia foi tirada de baixo para cima.

  Concluído o teu esforço e dedicação, tens como recompensa esta cascata impressionante e repara na escala!

    Achei-a realmente fascinante! Além disso, tem uma altura ainda considerável. Podes observá-la pelo meio, onde forma uma pequena piscina natural, aí eu não fui,  o percurso é feito por outro lado, mas penso que seja a partir daqui que tem uma perspetiva mais real.

    Caso esteja tempo disso, é possível refrescar o corpo neste pocinho. Certamente que até é tudo o que vais querer :P 

    O regresso à aldeia, portanto a subida, levou cerca de 30 minutos. Apesar de ser um pouco mais cansativo, acaba por ser mais rápido. 

    Espero que a minha descrição não te tenha assustado e penses que o percurso é de elevada exigência, não é nada disso. Faz-se bastante bem e para quem está habituado a caminhadas e trilhos, até o pode fazer mais rápido. A quem não está, mesmo que demore mais, certamente que no final vai sentir que valeu a pena. Porque vale mesmo :)

    Ainda que não tenhas ficado 100% esclarecido sobre o caminho a tomar em alguns pontos, tenho a certeza que algumas das referências que fiz te vão ser uma mais-valia. Pensa que eu não tinha nenhuma e safei-me :P 


    Agora força nas canetas e boa caminhada! 

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